segunda-feira, 6 de junho de 2011

A espera

  Nasceu uma energia dela quando olhou pelo olho-mágico. Suas esperanças não foram em vão. Uma vontade incontrolavelmente de pular, porém, se controlou. Desceu da ponta dos pés e abriu a porta com vigor. A cara de espanto misturada com felicidade era quase óbvia. Recebeu-o na sala e sentou-o no sofá. Passaram-se minutos no silêncio.
  Após uma breve conversa muda entre seus olhos e o corpo dele, se acomodou no sofá e sentou sobre os joelhos. Puxou-o ao colo e abraçou seu corpo com ferocidade. Não houve troca de palavras, muito menos de gemidos. Não se passava nada na cabeça dela a não ser a imagem da visita tanta aguardada.
  Despiu-o com cuidado. Seus dedos delicados já tremiam de nervoso e começava a transpirar de forma fria. O coração acelerava e já era possível o escutar de fora.
  Finalmente, depois de tanto tempo de espera, matou sua vontade insaciável.


Autor: Lucas Braga

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