domingo, 22 de junho de 2014

Carrossel

  Ela brinca com minha culpa. Se diverte com a agonia alheia. Eu rio.
  Ela sorri com os olhos, me ilumina. Me beija o canto da boca e eu assobio.
  Ela tende a ser maliciosa. Me deixa passar frio.

  Joga o cabelo, pega na minha mão.
  Não passa de achismos e vontades. Doce ilusão.
  Sua leveza me eleva e não sinto. Me tira os pés do chão.

  Depois das quatro não é mais a mesma. Escurece o céu.
  Fala áspera que corta em ar frio. Antes era doce como mel.
  Me deixa atordoado. Meu amor é um carrossel.


Lucas Braga
 

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