Me vejo procurando linhas para escrever tudo que noto nela. Traduzo esse sentimento em forma alfabética, incompreensível, talvez. E enquanto isso, passa pela janela, de um lado para o outro, me deixando tonto. Entortando minhas ideias, meu pescoço... Meus pés suam e minhas meias são jogadas para o outro lado do quarto. Minha inspiração me esquenta nas tardes de inverno.
E entre cada gole de café, meus olhos a procuram cada vez mais. É a cafeína misturada com essa obsessão pelo seu mistério de ser tão mulher, de ser tão assim, distante, mas próxima de mim.
A cada dia cresce mais, o texto e minha vontade de possuir minha vontade em carne. E quanto mais a olho, mais quero escrever. E quanto mais escrevo, mais preciso de uma oportunidade para sentir tudo que tenho guardado e que ainda não entendo. Mas sei que existe.
Mas o café ainda é amargo e você ainda não me conhece.
Autor: Lucas Braga